Bolsonaro encerrou o seu mandato atravessando uma das maiores crises da história recente — a pandemia — mantendo o país economicamente equilibrado, sem que houvesse qualquer prova de corrupção em seu governo. Ainda assim, agora é alvo de um cerco jurídico que, segundo críticos, expõe mais perseguição do que justiça.
O que mais chama atenção é o contraste com o atual cenário: enquanto se coloca um ex-presidente no banco dos réus, rombos bilionários em estatais, denúncias de corrupção e a falência econômica no governo Lula são tratados com condescendência. Ao mesmo tempo, ganha corpo a denúncia envolvendo o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Alexandre Tagliaferro, que deveria ocupar o centro do debate público, mas acaba sendo abafada por uma verdadeira cortina de fumaça criada em torno do julgamento contra Bolsonaro.
Para grande parte da população, esse cenário revela uma seletividade preocupante e fragiliza ainda mais a credibilidade da Suprema Corte. O julgamento desta terça-feira, portanto, não se limita ao destino de Bolsonaro e de seus aliados: ele se tornou um retrato do embate entre a busca por transparência e a tentativa de impor uma narrativa única sobre o que significa justiça no Brasil.
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